DEPOIMENTO DE EX-GUARDA FISCAL APOSENTADO
DEPOIMENTO DE EX-GUARDA
FISCAL APOSENTADO
Caro Jucklin, meu poeta preferido.Adorava sua
cascata de versos. E mais ainda, quando declamava versos de Castro Alves
, Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos. Que tempo,
poeta!
Sou ex-Gurda Fiscal, elevado a auditor por Benito Gama, assim como foram
beneficiados naquela época, pela medida de Benito: balanceiros, motoristas,
servidora de café e outros que foram levados no trampolim dos chamados
apostilamentos. E foi um número significativo.
Quanto aos cargos dos Agente de Tributos, acompanhei tudo de perto: da criação
dos mesmos, no princípio como auxiliar à fiscalização e arrecadação.
Valia o espontâneo para o ATE contar pontos pra gratificação fiscal, por isso,
chamado de ARRECADADOR.
Fui dos poucos que ajudava os ATEs no balcão e até dividia plantões noturnos
com eles.
Vi , acompanhei de perto como o Fisco da Bahia procedeu a algumas
reestruturações no âmbito da Administração Fazendária. Fiscal de Rendas, Fiscal
de Rendas Adjunto.
Precisamente, em 1989, quando a Constituição do nosso País ( 1988) , não mais
permitia a transposição de cargos
Os ex-analistas foram guindados a Auditores Fiscais.
Ninguém reclamou de um ato que foi de encontro a Constituição Federal.
Acompanhei de perto o Agente de Tributos crescer profissionalmente por méritos
próprios. De cargo na origem nivel médio, à formação superior.E tudo porque as
atividades que desempenhavam , não eram mais simples acessoramento e sim ,
fiscalização propriamente dita, razão de governador à época, altarar o
cargo quanto à escolaridade e prover o cargo de ATE com algumas atribuições que
eram de competência do Auditor Fiscal.
Sou pelo Agente de Tributos porque sou pelo direito, pela razão. E a razão está
com quem evoluiu dentra da mesma carreira à qual se submeteu a concurso
público, não
pongando para um cargo estranho à sua origem. Isso não aplicável a determinados
cargos na própria Sefaz da Bahia cujos diversos remanejamentos alocaram
servidores de outra secretaria à fazendária .
Sou um velho Auditor Fiscal de 85 anos.Conheço como funciona a
nossa SEFAZ.Como disse: passei por diversas reestruturações no Fisco.Sou do
tempo do onça. Do tempo que não se exigia formação alguma para ser fiscal na
Bahia. Do tempo em que o governador nomeava os seus fiscais conforme
conveniência política, tipo pistolão.
Negócio de constituição do crédito tributário, nem se sabia o que era isso. Em
78 é que veio a constituição do crédito tributário e nível superior
para o cargo de Auditor Fiscal.
Em 2009 , o Agente de Tributos, passou a lavrar auto de infração com lei
aprovada no governo Wagner. Tudo normal -- pensei.Coisa justa, o Agente de
Tributos iniciar e concluir o trabalho através lançamento do
crédito.Negativo.Aquele grupo, o mesmo grupo de alguns auditores ( uma meia
duzia) provinda do Sindifisco, questionou na justiça a lei 11.470. Questionando
incluisive, a lei 8.210.Que coisa! O DEM aprovara a lei mencionada, e
interpunha recurso contra a mesma lei que o partido aprovara.
Fico pensando: por que essa ação? O que está perdendo esses senhores, a
pequena parcela que insiste a prejudicar os Agentes de Tributos? Nada. E a
maldade
é tamanha que não se importam em gastar uma fortuna com essa ação. A
instituição e outros mais que estão bancando essa ação não se
importam em gastar pra prejudicar mais de mil servidores. Isso é doença. A
doença da maldade.
Meu querido Jucklin, forte abraço .
Deus está no comando.
Forte abraço, queridos ATEs.
Arildo de Aril Vantel
Auditor aposentado.
Rio de Janeiro, 12 de agosto 2021
JUCKLIN CELESTINO FILHO
Agente de Tributos
Escritor
JUCKLIN CELESTINO - DEPOIMENTO DE EX-GUARDA FISCAL APOSENTADO
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